14 de abril de 2008

Vivendo para o trabalho


Para ele, não há diferença entre domingo e segunda-feira. A rotina é sempre a mesma: acordar cedo e trabalhar. Isso não é uma obrigação. Nos olhos e no sorriso do agricultor Celso Emílio Muller, de 46 anos, logo se vê a paixão pela lavoura.

O marataense, morador de Boa Esperança, trabalha com criação de peixes, lima, manga e cana-de-açúcar, entre outras culturas. Ele é solteiro e reside com os pais. Seu objetivo para o futuro é terminar a casa que começou a construir junto às terras que cultiva. As estradas de acesso às plantações foram construídas por ele.

Celso mora e trabalha em uma região privilegiada. No último inverno, o caminho mostrava os resultados da geada, com os campos queimados, principalmente as plantações de cana. No alto do município, onde ficam as terras do agricultor, nem parecia que tinha feito frio, pis as canas continuavam verdes e prontas para a colheita.

Além da boa localização, Celso garante que a forma de manejo da terra é um fator importante para a qualidade daquilo que produz. “Eu não uso nada, nem esterco ou calcário.”

Fora do comum

Outra curiosidade da lavoura de Celso é o cultivo de frutas e folhagens pouco comuns, como a lima e a cica. Mais de 2.000 de pés de lima estão carregados de frutos de extrema qualidade, segundo o secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Maratá, Ênio Becker. “Existe pouca produção na região.”

Vendidas por preços altos em floriculturas, as cicas são muitos procuradas para projetos de paisagismo. Celso não vende as que ele cultiva de jeito nenhum. Para atingir um metro de altura, as folhagens levam 33 anos. Hoje, o agricultor tem 650 pés e só pensa em comercializá-los assim que tiver mais mudas prontas. “Demora muito para crescer. Se vendo tudo agora, não tenho depois.”

Um comentário:

Anônimo disse...

46 anos e morando com os pais... Pelo menos o moço tem com o que se ocupar!
Beijão prima, sucesso sempre!