2 de maio de 2008

O amor pelas plantas


É herança de família. O gosto pelas plantas veio da avó paterna e da mãe de Cleonísia Bohn Musskopf, passado para ela e para as duas irmãs. Com o tempo e com a prática, a professora aposentada aprendeu a cuidar daquelas que hoje são suas companheiras. Em casa, na cidade de São José do Sul, ela cultiva mais de 400 vasos com as mais variadas espécies de plantas. Só de cáctus, são cerca de 30 tipos diferentes.

As folhagens chamam a atenção de quem passa em frente à casa de Cleonísia, seja pela quantidade ou pela preservação. Todas recebem o carinho e a atenção da aposentada diariamente. “De manhã, olho para todas elas e as cumprimento. Sempre converso com elas. Tem gente que acha que eu sou louca”, brinca.

Pelo prazer de cultivar
A professora sempre cultivou plantas nas cidades onde morou, como em São Pedro da Serra e em Brochier. A “coleção” aumentou há quatro anos, quando ela se mudou para São José do Sul. Cleonísia compra algumas espécies e depois replanta. Ela enfatiza que não tem o objetivo de obter renda com a produção, assim como sua mãe e sua avó também não tinham. “É um passatempo, faço por prazer.”

Todos os dias, pelo menos por alguns instantes, a são-josense se dedica às plantas, cuidando, repondo terra e adubo e tirando as folhas secas. Por alguns momentos, ela também olha e aprecia cada uma. As folhagens são as companheiras da aposentada que, hoje com 74 anos, não têm filhos. Cleonísia afirma que não tem nenhuma espécie da qual gosta mais. “Se preferir uma, a outra fica triste.”

Atividade requer dedicação e carinho
No inverno, assim como o ser humano sente a queda da temperatura, as plantas sofrem com o frio. Para evitar que as folhagens sejam prejudicadas, Cleonísia as guarda em um galpão, nos fundos de casa. Apesar do trabalho de deslocar os mais de 400 vasos, a aposentada não se intimida e faz tudo sozinha.

Ela conta que muitos, sabendo do seu gosto, lhe dão vasos para cultivar as plantas. Em algumas festas municipais, são as plantas de Cleonísia que enfeitam as mesas. É um estímulo para continuar seu trabalho, que deverá continuar solitário, pois a professora não gosta que outros mexam nas suas plantas. “Eu gosto de cuidar. Dizem que, se outras pessoas mexem, elas morrem.”

Um comentário:

assis disse...

gostei do seu blog muito emocionante,pois lembra meu tempo de criança na fazenda,abraços.