22 de outubro de 2009

Jovens preparam festival de música católica

Enquanto uns desenham, outros cortam, pintam e criam frases de incentivo aos amigos que estarão competindo no palco. É assim que os jovens do Curso de Liderança Juvenil (CLJ), da Paróquia São João Batista, de Montenegro, se preparam para a 17ª edição do Festival dos Movimentos de Líderes Paroquiais (Femolipa).

No evento, que ocorrerá dia 8 de novembro, grupos do CLJ de todo o Rio Grande do Sul disputarão as primeiras colocações nas categorias interpretação, composição e desafio. “Mas o principal objetivo é louvar a Deus através da música”, destaca Ana Maria Flores da Silva, de 22 anos. Ela é secretária do grupo São João Batista, promotor do evento.

Camila Bulgarelli tem 20 anos e durante várias edições participou da comissão organizadora do Femolipa. Ela observa que o festival também proporciona a integração e a troca de experiências entre os grupos de CLJ do Estado e fortalece o folclore, departamento responsável pelas músicas.

Em 2008, integrantes do CLJ foram a todas as turmas de catequese de Crisma convidar os jovens para participar do grupo. Entre os crismandos, estava Renata Stiehl, de 20 anos, que desde então frequenta as reuniões do movimento cristão, que ocorrem sempre aos sábados à tarde. Entre um cartaz e outro que ajudava a confeccionar, Renata destacou a importância do Femolipa: “é uma forma legal de louvar a Deus e mostrar a face jovem da Igreja”.

Para o padre Ludinei Vian, diretor espiritual do CLJ São João Batista, a música é uma forma de atrair e cativar os jovens em diversas áreas, não apenas na religião. Além disso, os festivais exigem que os jovens se organizem e trabalhem em conjunto.

A música na evangelização

O Monsenhor Jonas Abib, fundador da comunidade católica
Canção Nova, fala sobre a importância da música no trabalho de evangelização em entrevista publicada na revista da comunidade deste mês. As declarações do padre estão disponíveis no blog da Canção Nova. Para Abib, mais do que produzir emoções, a música mostra o poder de Deus, a presença do Espírito Santo e dos anjos.

É como se fosse a ponta de uma lança que abre caminho para a penetração da Palavra do Senhor. Considerando esta importância, a música não pode ser levada de qualquer jeito. “A música prepara o ambiente para a ação do Espírito Santo, para povoar o lugar onde a música de Deus é cantada com a presença dos anjos. Quando se canta a música de Deus, os anjos vem, cantam, louvam”, salienta o padre.

Abaixo, segue um vídeo do CLJ de Camaquã, vencedor da categoria desafio da edição do ano passado do Femolipa.

25 de setembro de 2009

O que é jornalismo online?

Definitivamente, não é um amontoado de informações disponíveis na internet em diversos formatos, mas a publicação de bons conteúdos em um espaço bonito, bem distribuído e de fácil acessibilidade. Foi isso que concluíram os alunos da disciplina de Jornalismo Online II da Unisinos.
Sob orientação da professora Cássia Zanon, os estudantes realizaram um seminário, no último dia 17, com objetivo de conceituar o termo jornalismo online, observando bons e maus exemplos.

Desta análise, foi possível perceber que os sites não são unanimidades, isto é, possuem iniciativas interessantes, mas também têm seus pontos falhos. A página do Estadão foi lembrada pelos infográficos. Já o G1 ganhou destaque por oferecer textos com hiperlinks, áudio, vídeo e imagem de forma organizada, assim como o britânico The Guardian.

“Não tem uma fórmula básica. Esta é uma frase que todos tem que ter na cabeça”, enfatizou a professora Cássia Zanon, ratificando as colocações dos alunos de que o texto para internet não deve ser curto nem longo, mas precisa ter o tamanho necessário para informar com qualidade.

Nesta tarefa de produzir um bom conteúdo, a web oferece muito mais opções, como texto, foto, vídeo, áudio e infográfico. O problema está na utilização destes recursos: não é porque está disponível que se deve usar tudo ao mesmo tempo.

O jornalista online tem que se favorecer dessas ferramentas, pois atrair o internauta é uma tarefa difícil em meio à variedade que a rede têm, como espaço para comentários e compartilhamento de conteúdo através de redes sociais. Porém, não se pode esquecer que o um bom conteúdo ainda é fundamental.

25 de julho de 2008

Um grande amigo


Das janelas das salas e do refeitório, as crianças gritavam pedindo uma colocação na fila. Tanta euforia era para andar em Poli, uma pônei fêmea que o aposentado Mauro Kroll comprou para a neta Rafaela, que tem cinco anos e mora em Esteio. Tio Mauro, como é chamado, é o amigão de toda comunidade de São Pedro do Maratá. Ele cuida de Poli para a neta e aproveita para divertir os alunos da Escola Augusto Ambrósio Rücker com o animal.

Primeiro a andar, Felipe Tavares Lopes, de 8 anos, estava com um certo receio de andar na pônei, mesmo já tendo convivido com os cavalos que seu pai usava para trabalhar. Cheia de coragem, Danieli Cristine Willers, de 7 anos, contou que já anda em cavalos grandes, por isso não tem medo do pônei, mesmo sendo a primeira vez que montava na espécie.

Tio Mauro ajuda como pode a escola da localidade onde mora. “Minha esposa é professora aposentada. Sempre acompanhei o trabalho dela, por isso, sei das dificuldades que os educandários enfrentam para oferecer coisas diferentes aos alunos.” Esta vontade de ajudar fica nítida no semblante de Mauro, cujos olhos brilham quando vêem o sorrido das crianças.

Há cinco anos, Mauro se aposentou pela Companhia Petroquímica do Sul (Copesul) e optou por viver em Maratá, em uma chácara em São Pedro. “A comunidade me aceitou muito bem”, relata o marataense, que integra o Centro de Tradições Gaúchas (CTG) local, Encontro das Águas.

Tio Mauro tenta contribuir da forma sempre. Na Semana Farroupilha do ano passado, ele e outros membros do CTG levaram a Chama Crioula até a instituição, fizeram churrasco, ensinaram a encilhar e andaram à cavalo. “Eu vim para somar”, resume, enquanto puxa conversa com os estudantes.

Resgatando antigas brincadeiras
Para a Gincana Colonial, quando é comemorado o aniversário do município, Mauro fez um carrinho de lomba e depois doou à escola. Em todos os recreios, Bruno Metz, de 11 anos, é o responsável por pegar o brinquedo, organizar a fila e guardar o carrinho. Gabriel Luís Krug, de 8 anos, gostou tanto da idéia que fez um para ele ter em casa. “É muito legal”, resume.

O aposentado também comprou uma charrete, que pode ser usada para entretenimento das crianças, e já se ofereceu para fazer outros brinquedos, comuns na sua infância. Ele destaca que é uma forma de resgatar antigas formas de diversão, que os alunos de hoje em dia não conhecem. “Eles só querem saber de jogos eletrônicos”, observa.

16 de julho de 2008

Em nome da fé



Em fevereiro de 2008, com 17 anos e recém-formada no Ensino Médio, Daiane Aline Ertel tinha muitas dúvidas quanto ao seu futuro. Não era, porém, dúvidas comuns aos jovens da sua idade. Ela estava dividida entre a vida leiga e a religiosa. A decisão ocorreu ainda no mesmo mês, quando ela se mudou para Canoas e se juntou às irmãs da Divina Providência. Como se deve imaginar, a escolha não foi fácil.

Para ela, que trabalhava na Paróquia Três Santos Mártires das Missões, de Salvador do Sul e coordenava o Curso de Liderança Juvenil (CLJ) da cidade, o mais difícil foi optar por deixar a família, os amigos e o movimento de jovens católicos. “A gente tem de abrir mão de muita coisa, este é um desafio a superar.”

Daiane conta que sempre pensou em ser irmã e que as pessoas mais próximas sabiam deste desejo. “Mas quase ninguém acreditava realmente que eu fosse para o convento.” A jovem revela que apenas uma pessoa disse para ela não ir, mas os demais deram apoio para que ela tivesse esta experiência.

O chamado de Deus
Para os católicos, a vocação é um chamado de Deus. O mais difícil, na maioria dos casos, é entender este chamado e saber respondê-lo com sabedoria. Para fazer a escolha certa, é preciso pensar muito, evitando tomar uma decisão precipitada. Foi o que Daiane fez.

Quando pequena, a salvadorense atuava como coroinha. O início da caminhada na Igreja foi seguida pelos irmãos menores e Daiane começou a acompanhá-los. Nesta convivência com o meio cristão, ela conheceu irmãs da congregação Imaculado Coração de Maria, que a convidaram para conhecer o convento.

“Fui a diversos encontros e lá tive um discernimento de que era isso que eu queria, pois fui conhecendo o carisma da congregação e os projetos desenvolvidos pelas irmãs.” Daiane revela que, nos retiros promovidos nos conventos, são realizadas dinâmicas que ajudam os jovens a conhecerem a instituição e a si mesmos. “Quando voltava dos encontros, dizia que era isso que eu queria, mas passava um tempo em casa de novo e já ficava em dúvida”, conta Daiane, enfatizando que isso é natural.

Como ocorre em um casamento, a vida religiosa exige que a pessoa que se esteja aberta às coisas novas e que ela não tenha preconceito, mas coragem de assumir esta vontade. Apesar de ter decidido ir para um convento, a jovem revela que ainda não sabe se será irmã. “Estar indo para lá não quer dizer que serei religiosa, depende de como vai estar no meu coração e de como vou me sentir. Esta dúvida vai permanecer por um bom tempo.”

Uma pessoa normal
A salvadorense surpreendeu o rapaz com o qual se relacionava. “Eu já tinha comentado com ele sobre o assunto. Quando as irmãs me fizeram o convite para ir morar com elas, me deram uns 10 dias para pensar. Terminei com este menino logo no início deste período, para que eu pudesse refletir bem. Só depois ele soube que eu iria para o convento”, conta, observando que a relação não era namoro.

Daiane destaca que sempre foi uma jovem normal, como qualquer outra. “Sempre gostei muito de dançar e de ir a festas. Só não ia muito porque a minha família é bastante rígida.” Ela diz que, como qualquer outra jovem, se interessa por meninos e que escolher a vida religiosa não é algo extraordinário. “Muitas pessoas têm vergonha de assumir que já pensaram nisso.”

Além da coragem de reconhecer este desejo, também é necessário ter força para voltar atrás. “Ninguém precisa ser padre ou irmã se não quiser. Tem que ter coragem de voltar e dizer que aquela vida não é para mim.”

Os planos de futuro
A Divina Providência incentiva as irmãs a terem uma profissão que possa ser utilizada em prol dos trabalhos do grupo. A congregação cuida de hospitais, por isso, há freiras médicas e enfermeiras. “Elas são bastante envolvidas com a comunidade e realizam muitos projetos com crianças carente”, exemplifica Daiane, que pretende estudar Teologia e Música, para dar aulas.



A jovem conta que a congregação permite que ela visite a família e também receba parentes e amigos no convento. Ela revela, porém, que a entidade possui muitas atividades, que provavelmente tomarão seu tempo. Para matar a saudade, Daiane usará de meios tecnológicos, como MSN, Orkut, e-mails e celular, que são liberados no convento. A expectativa é a melhor possível. “Acho que tem tudo a ver comigo e acredito que vai me trazer felicidade.”

7 de julho de 2008

Cana: de fonte de renda a lazer


O trabalho com a cana iniciou há 23 anos. Odair Pedro e Erozilda de Souza possuem alambique e produzem cachaça em casa. Com a cana, também é produzido melado, schmier, bala, rapadura e até sabão. Para os moradores de Rincão dos Brochier, a atividade hoje é feita como lazer, mas sempre contribuiu para a renda da família, que também tem criação de animais e atividades ligadas ao carvão.

A matéria-prima é plantada e colhida por eles, nos fundos de casa. O processo ainda é um pouco artesanal, apesar dos novos equipamentos para o alambique, adquiridos há três anos. Embora não seja a principal fonte de renda da família, a produção de cachaça e derivados da cana sempre motivou o casal. Odair fez curso durante um ano sobre a bebida, que abrangia desde o plantio da cana até o final do processo da composição da cachaça. “Fizemos visitas em Belo Horizonte e São Paulo, para conhecer, trocar experiências”, revela o agricultor.

De Minas Gerais, Odair trouxe mudas de cana, com as quais produz a cachaça. A bebida é vendida, na maioria das vezes, por encomenda. Os agricultores garantem que o produto é diferenciado. “Temos clientes de cidades como Novo Hamburgo, Montenegro e Salvador do Sul. Muitos vêm buscar para um evento especial, para levar para praia ou para ter uma bebida diferente em casa”, conta Odair.

Para os licores, como de abacaxi e de jabuticaba, feitos cm a cachaça, são utilizados apenas frutos que a família produz. "Se fosse mais novo, investiria mais nessa área, porque gosto muito", diz Odair, esperando que algum filho ou neto prossiga com a atividade no futuro.

Tudo se aproveita
A cana pode ser dividida em três partes: a cabeça, a cauda e meio. A primeira, considerada muito forte, não é utilizada para a produção de cachaça. “É quase álcool puro, por isso é bom para fazer sabão”, explica Erozilda. Com a calda, mais fraca, pode-se fazer uma cachaça de segunda linha, igualmente boa, mas não comparada com a feita com o miolo da cana.


Outro diferencial da família são as balas de cachaça. Receita que Erozilda guarda em segredo. “Eu trouxe de Minas Gerais”, diz Odair. “Acho que só nós fazemos na região”, arrisca.

6 de junho de 2008

Churrasco sem fumaça


Há quatro anos, o comissário de bordo aposentado Gilberto Kettermann está trabalhando na fabricação de um carvão diferente. O produto é feito da moinha, o pó que sobra na peneira antes de o carvão ser ensacado. Este material não tinha uma destinação específica e, por isso, acabava se tornando um problema para muitos produtores.

Gaúcho de Roca Sales, Gilberto morou no Rio de Janeiro enquanto trabalhou como comissário. Depois, estabeleceu residência nos Estados Unidos, onde tinha uma empresa de churrasqueiras. A pedido dos clientes, o aposentado foi a Brochier comprar carvão, pois sabia da grande produção do município através de um tio, que mora na cidade.

“Quando cheguei aqui, vi aquela sobra de moinha. Eu queria comprar, mas os carvoeiros queriam até me dar”, recorda. Sabendo da grande oferta dessa matéria-prima, Gilberto começou a trabalhar na fabricação do novo carvão a partir deste material, seguindo o modelo utilizado nos Estados Unidos. Para isso, foi morar em Vila Nova, no interior de Brochier, mantendo também residência no Rio de Janeiro, para onde vai a cada dois meses, aproximadamente.

Mas a base da produção não é o único diferencial da mercadoria. O carvão não gera fumaça na fabricação nem durante o consumo. Até chegar no produto ideal, Gilberto criou 14 máquinas, pois não há equipamento para este tipo de produção no país, apenas nos Estados Unidos. Contudo, elas são caras o custo para trazê-las ao Brasil seria muito alto. Outro motivo é que o maquinário de lá é feito para carvão produzido com capim e não de acácia negra ou eucalipto, como ocorre aqui. O aposentado então se dedicou à invenção, com peças encontradas em ferros-velhos.

Outra inovação é a embalagem. Foram confeccionadas seis até que se chegasse no resultado esperado. A alça tem locais para colocar o dedos e um pavio. Basta ligá-lo e está pronto. Dentro do pacote tem um acendedor, acionado através do pavio. Depois de aceso, ele consome a parte superior da embalagem, depois a base, fazendo com que o papel se rasgue e o carvão se espalhe pela churrasqueira. O cliente não precisa encostar no produto, permitindo fazer o fogo sem sujar as mãos. O aposentado patenteou a invenção.

O carvão do futuro

Cerca de R$ 300.000,00 já foram investidos na construção de um local para fabricação, testes, motores, equipamento e matéria-prima. Tudo o que sabe, Gilberto aprendeu fazendo. “Sou autoditata”, resume, afirmando que quer ficar apenas na produção, junto com a mãe, Selmira Kettermann, que sempre o apóia.

Pessoas de diversos países, como Áustria, Bélgica, Estados Unidos e Alemanha já foram conhecer a mercadoria, que está pronta para ser lançada no mercado. Para o empreendedor, este é o momento mais difícil desde o início do projeto. “Teremos um grande paradigma para transpor: ensinar o gaúcho a fazer churrasco sem fumaça.” Gilberto acredita que, daqui a 15 anos, este será o tipo de carvão mais utilizado. “Vai ser o carvão do futuro.”

Entenda a produção

* Gilberto compra a moinha e, em uma máquina, mistura com aglutinadores naturais, para que o material tenha liga;

* Deste equipamento, o produto passa para outro, onde é formatado como pequenos tijolos. Devido à condensação feita, o carvão fica com o poder calórico duplicado;

* O produto segue em pequenos carrinhos para um forno, com sistemas de ventilação, onde fica de 48 a 72 horas secando, em temperatura entre 50 e 60°C;

* Depois de seco, é embalado;

* Cada “tijolo” tem cerca de 40 gramas;

* Por ser feito da moinha, e não diretamente das árvores, o produto será sempre igual e tem de 5 a 8% de gás.

23 de maio de 2008

Teatro amador sobrevive



Eda Schaedler ainda era criança quando dois dos seis irmãos começaram a organizar um grupo de teatro na localidade de Linha Pinheiro Machado, no interior de Brochier. Ela até chegou a atuar em algumas peças, principalmente as mais sérias, pois diz ser tímida para fazer humor. Hoje, com 69 anos, a professora aposentada ajuda a manter a arte do teatro amador na área rural do município.

“Meu irmão escrevia e minha irmã era artista. Eu já não gostava de representar, mas de ajudar, coordenar”, explica Eda, que passava a limpo as peças criadas pelo irmão. Atualmente, ela leva sugestões de textos, procura figurino e ensaia o grupo, que conta com cerca de dez integrantes.

Apresentações marcam datas comemorativas
O grupo tem mais de 50 anos, mas ainda recebeu um nome. Por isso, acaba por divulgar a própria localidade nos lugares em que se apresenta. Os espetáculos geralmente ocorrem nas festas do município, das comunidades e da Ordem Auxiliadora das Senhoras Evangélicas (Oase), além de participarem da Kulturtreffen e de eventos organizados para datas comemorativas, como o Natal e o Dia do Colono.

Os ensaios ocorrem, primeiro, na casa de um dos membros do grupo. Quando chega na reta final e é necessário um palco para marcar as posições, os preparativos são realizados na chamada “Casa da Oase”, em Pinheiro Machado. A média é de um ensaio por semana. Contudo, a rotina aumenta para até três encontros semanais quando se está às vésperas de uma apresentação.

A maioria dos participantes tem idade entre 40 e 50 anos. “Temos alguns jovens, mas, atualmente, ninguém mais quer assumir compromisso”, lamenta a aposentada que, assim como os demais integrantes, tem o teatro como um lazer e uma forma de diversão.

História é contada através da arte
A maioria das peças encenadas pelo grupo de teatro de Linha Pinheiro Machado é de gênero humorístico. Segundo Eda Schaedler, é um humor antigo. “Os textos são sobre a chegada dos primeiros automóveis e de novas tecnologias”, revela a professora aposentada. Apresentadas em alemão, os teatros tratam também das expressões erradas em português e na língua germânica. Através dos temas e da forma de encenação, o grupo acaba ensinando muito da história do município para quem não viveu aquele tempo.Atualmente, existem outros grupos de teatro amador em Brochier, um em Novo Paris e outro em Nova Holanda, segundo Eda. Ela considera pouco, pois esta prática era bastante comum há anos atrás. “É uma pena que as pessoas não queiram mais este tipo de compromisso.”