7 de julho de 2008

Cana: de fonte de renda a lazer


O trabalho com a cana iniciou há 23 anos. Odair Pedro e Erozilda de Souza possuem alambique e produzem cachaça em casa. Com a cana, também é produzido melado, schmier, bala, rapadura e até sabão. Para os moradores de Rincão dos Brochier, a atividade hoje é feita como lazer, mas sempre contribuiu para a renda da família, que também tem criação de animais e atividades ligadas ao carvão.

A matéria-prima é plantada e colhida por eles, nos fundos de casa. O processo ainda é um pouco artesanal, apesar dos novos equipamentos para o alambique, adquiridos há três anos. Embora não seja a principal fonte de renda da família, a produção de cachaça e derivados da cana sempre motivou o casal. Odair fez curso durante um ano sobre a bebida, que abrangia desde o plantio da cana até o final do processo da composição da cachaça. “Fizemos visitas em Belo Horizonte e São Paulo, para conhecer, trocar experiências”, revela o agricultor.

De Minas Gerais, Odair trouxe mudas de cana, com as quais produz a cachaça. A bebida é vendida, na maioria das vezes, por encomenda. Os agricultores garantem que o produto é diferenciado. “Temos clientes de cidades como Novo Hamburgo, Montenegro e Salvador do Sul. Muitos vêm buscar para um evento especial, para levar para praia ou para ter uma bebida diferente em casa”, conta Odair.

Para os licores, como de abacaxi e de jabuticaba, feitos cm a cachaça, são utilizados apenas frutos que a família produz. "Se fosse mais novo, investiria mais nessa área, porque gosto muito", diz Odair, esperando que algum filho ou neto prossiga com a atividade no futuro.

Tudo se aproveita
A cana pode ser dividida em três partes: a cabeça, a cauda e meio. A primeira, considerada muito forte, não é utilizada para a produção de cachaça. “É quase álcool puro, por isso é bom para fazer sabão”, explica Erozilda. Com a calda, mais fraca, pode-se fazer uma cachaça de segunda linha, igualmente boa, mas não comparada com a feita com o miolo da cana.


Outro diferencial da família são as balas de cachaça. Receita que Erozilda guarda em segredo. “Eu trouxe de Minas Gerais”, diz Odair. “Acho que só nós fazemos na região”, arrisca.

Um comentário:

Anônimo disse...

Oi Amanda estou planejando passar o próximo final de semana acampndo em maratá! Sabe se eu encontro os produtos do seu Odair na cidade, ou teria que encomendar? tens o contato dele? outra coisa, sabes se tem algum problema em acampar nas cascatas? também não sei qual seria a melhor cascata para acampar...
Abraços
Eduardo
meu email: eduardorquadros@hotmail.com